domingo, 9 de outubro de 2011

UM GIRO PELO URUGUAI


Este setembro foi severo com Sta. Catarina. Ficamos aguardando pelo fim das chuvas, só que a espera virou 10 dias e aí, algumas cidade transbordaram, especialmente no Vale do Itajaí. Lamentável!
Mas sábado (10/09/11) passou a ser a nova data da partida. Seriam duas motos: meu amigo, comandante Dailor e Nara Lee, com suas tranças vermelhas numa Harley Fat Boy e eu e minha Leda na nossa VStrom DL650 (será que não são 6500 cc. ???). Iríamos dar a volta no Uruguai, mas... nem tudo sai como se planeja e na véspera da nossa partida a chave elétrica que comanda todo o sistema da Harley, pifou, carbonizou e estragou nossos planos.Coisa feia, sem conserto a curto prazo. Diante disso resolvemos, eu e Leda, a tocar em frente. Sábado a tarde, após o Dailor ser categórico que não iria, partimos em solo, só nós dois. A moto parecia uma jamanta!

Eu e Leda, começando a viagem...
Fomos para Arroio do Sal (+ ou – 300 km.), logo abaixo de Torres-RS. Lá tem meu cunhado, QueQué, que prepara ótimos churrascos (a única coisa que a gente tem que fazer é tomar cerveja). Pernoite e direto para Porto Alegre (150 km.)
Quando a gente retorna aos "pagos" sempre dá um nó na garganta

Arroio do Sal                                                       
Saindo de Porto Alegre
Em Porto Alegre com meu cunhado Romeu, pernoite e direto prá BAGÉ-RS (isto sim, uma metrópole, uma cidade verdadeiramente cosmopolita). Aí a costela fica mais gorda e a gente se atola um pouco com os amigos Ernani/Ana, mas conseguimos tirar nosso parceiro Beto Alagia, prá nos escoltar até Santana do Livramento RS/Rivera –Uruguai, na sua Hornet nervosa.Por lá foi só uma noite e pouco contrabando, pois a moto já estava  lotada


Trocando o óleo com o paceiro Beto Alagia
                                          

O Beto foi prá Bagé e nós tocamos + 100 km. Prá chegar a Quaraí RS, divisa com Artigas, extremo norte do Uruguai. Fizemos aduana e + 300 km. e estávamos em Thermas Del Arapey. Aí é o seguinte: quem não foi vá, porque o lugarzinho é show! Pouco conhecido mas imperdível
Entrando no Uruguai por Artigas, divisa com Quaraí.

Arapey Thermas Hotel. Muito bom!



                                                  
Rumando para o sul há uma seqüência de pontos com estações termais, como Dayman com um parque de piscinas invejável. Tudo em torno da cidade de Salto, divisa com Concórdia na Argentina.

Hotel Horácio Quiroga. Do outro lado do rio Uruguai, a Argentina

                                                    
De Dayman, em estradas muito boas,rodamos 150 km. e estávamos em Paysandu, cidade com uma rica arquitetura do ínicio do sec. Passado, hoje decadente, mas por ali deve ter circulado boa grana da época áurea da agropecuária uruguaia.
É preciso registrar que nesse país a gente viaja embaixo da simpatia de um povo muito educado. Com segurança e respeito é + fácil andar de moto.


Catedral de Paysandu




Um bom lugar prá comer um "pancho"
De Paysandu para Mercedes (com sua ampla “rambla” que é um espaço e ruas amplas junto ao rio) foram + 200 km.. Mercedes é uma cidade rica, capital produtora dos grãos uruguaios. Não resistimos e pernoitamos nessa simpática cidade. Nunca vimos tantas motos!
Olha só a especulação! O prédio colado na igreja

O coitado do anjo tá tocando dentro do apartamento do fulano.



As motos são baratas.

É muita moto


Capacete nem pensar



Mercedes. Uma belezinha.
A Leda queria trocar de moto
Carmelo, junto ao rio Uruguai




















Já estávamos bem perto de Colônia Del Sacramento. Aí sim, um lugar bonito demais! Na cidade velha, monumentos arquitetônicos dos anos 1600. Uma tentativa portuguesa que deixou uma história fantástica.
Direto a Colonia

Tentei abraçar a arvore. Muito grande!

Aqui o Rio Uruguai se encontra com o Mar del Plata



Calçamentos portugueses tipo "pé de moleque"

Jantar com musica folclórica. Nada mal!



Colonia

O por do sol em Colonia. Chocante.


                                                                      


Para Montevidéo são 200 km. de estrada bonita e quase toda duplicada. Resolvemos não entrar na Capital Federal, pois já conhecíamos muito bem. Então,  direto para Piriápolis (belo balneário) e daí para Punta Del Este.


Na rambla em Montevideo.

Piriápolis


Punta Ballena

Casa Pueblo. Arquitetura muito louca.
                                                        

Chegar em Punta passando por Punta Ballena é bom demais! Dar uma olhada na Casa Pueblo do grande artista Vilaró, é só o começo do que será muito melhor: ficar dois dias em Punta Del Este, perder uns pilas no Casino, dar uma olhada na Marina, cheia de barcos, ir a um bom restaurante e brincar de turista, passear por entre as casas lindas, enfim...
Farol em Punta del Este.
La Mano



Aqui se pode perder um bom dinheiro. Casino.

Em Punta del Este a gente sempre se atrapalha na  hora de escolher uma casa para comprar


De Punta ao Chuy  são + ou – 250 km.. Ainda tentamos ficar em La Paloma, mas nessa época do ano (inverno) não há condições, quase tudo fechado.
Chuy aquele bang-bang de sempre. Dormir no Hotel Berteli e tocar prá Porto Alegre (+ ou – 500 km.) Muito frrrio! De Pelotas em diante só chuva (d’agua e de caminhões)
Em Porto, tudo bem, a Branca minha cunhada recebe melhor que ninguém e o Romeu resolveu ser chef. Não posso reclamar de nada, muito menos dos vinhos!

Esse estava vindo do Atacama.


Finalmente de volta ao Brasil.
                                                           

De volta à Floripa, após dezesseis dias da mais pura vagabundagem, depois de 3700 km. de estrada, a vontade que tenho é de dar uns beijos na nossa VStrom, que foi e voltou sem reclamar nadinha. É bom começar a pensar em outro trecho, senão a ferrugem começa a pegar...